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Chefe financeiro do PCC foi preso na Bolívia
Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, apontado como operador financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e braço direito de Marcola, foi preso nesta sexta-feira (16) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Segundo o delegado federal Fábio Mertens, chefe da Interpol no Brasil, Tuta pode ser expulso do país já no próximo domingo (18), após uma audiência de custódia. Caso as autoridades bolivianas optem por mantê-lo detido, o governo brasileiro entrará com um pedido formal de extradição.
De acordo com o delegado, se houver decisão pela expulsão, o retorno ao Brasil pode ocorrer em poucas horas ou dias. Já no caso de extradição, o processo é mais demorado e pode levar até seis meses. “Diversos órgãos brasileiros já estão mobilizados, tanto no Brasil quanto na Bolívia, para garantir a repatriação do criminoso o mais rapidamente possível”, afirmou Mertens em entrevista à Record.
A prisão aconteceu quando Tuta tentou renovar documentos de residência na Bolívia utilizando identidade falsa em nome de “Maycon da Silva”. O policial responsável pelo atendimento suspeitou da autenticidade e, ao checar os dados, encontrou um alerta de possível falsificação. A confirmação da identidade foi feita por meio de biometria, em contato com autoridades brasileiras.
Tuta estava foragido desde a deflagração da Operação Shark, em 2020, e integrava a lista vermelha da Interpol. Segundo o Ministério Público de São Paulo, ele atuava como operador financeiro do PCC e foi condenado a 12 anos e meio de prisão por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Estima-se que ele tenha movimentado mais de R$ 1 bilhão em esquemas ligados à facção.
“A prisão demonstra a eficiência da cooperação internacional no combate ao crime organizado”, destacou o delegado da Interpol.
